O Coletivo AMEOPOEMA realizou a 7ª edição da Mostra Grampo de Fanzines e Publicações Independentes na cidade de Ouro Preto. Com a participação de editores, publicadores, coletivos criativos e pequenas editoras com seus Fanzines especiais, a Mostra divertiu o público durante a tarde de sábado (15), e prosseguiu até a noite, com apresentação do grupo Quarteto de Sala e das bandas: Diastema (OP), Vultor (OP/BH) e Final Trágico (OP).
Rômulo Ferreira, integrante do AMEOPOEMA e um dos produtores da Mostra, ressaltou a importância do evento: “Nessa edição, temos várias atrações. Sarau de poesia, lançamento de livros e fanzines, música. Nossa arte na rua.” Para o artista, o que define a Mostra são os encontros, a diversão e o ativismo, que se reflete nas obras expostas.
A escritora, multiartista e cineasta Thais Alessandra falou um pouco sobre seu trabalho “Na minha literatura eu sempre uso o artivismo. Durante este primeiro dia da Mostra Grampo, apresentei uma poesia sobre ancestralidade afro indígena. Onde eu descobri minha ancestralidade indígena e negra. O nome da minha família indígena é Puri. Na apresentação, recito a poesia enquanto utilizo de alguns sons de instrumentos originários, como o Pau de Chuva, que é usado em ritos e festividades indígenas.”
Um dos trabalhos apresentados é a zine Simbiose. Ilustrada por Camyla Cunha e roteirizada por Victor Lopes, retrata questões de saúde mental e alguns transtornos, como a dissociação. A ideia da dupla é produzir três zines e ao final da trilogia, lançar um quadrinho. “A experiência da MOSTRA GRAMPO é única pela oportunidade da coletividade. Nessa forma de transformar nossa arte em algo possível.” afirma Camyla.
O evento também teve a participação da Editora Candonga. Realizada por Caleb Machado e Eduarda Martins, estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a editora começou as atividades em março deste ano. Inicialmente pensada como meio de autopublicação artística, a Candonga se transformou em pesquisa e projeto de extensão. As zines discutem várias temáticas sociais, estimulam vozes marginalizadas na escrita e fomentam a cultura.
A Mostra Grampo é gratuita e aberta ao público.
Texto: Jeane Polva