O grupo se reuniu em uma disciplina do curso de Artes Cênicas com foco no encontro entre infâncias e na contação de histórias. Após uma residência artística com Clarice Cardell, importante referência do Teatro para os primeiros anos no mundo e difusora desta pesquisa no Brasil, as atrizes Yvida Rayane e Maria Eduarda e o ator Luan Ramos continuaram a investigação cênica disparada e desenvolveram o trabalho "Contos para a criança que fui", sob a orientação da docente Brenda Campos de Oliveira Freire, artista, curadora, professora e pesquisadora da arte entre infâncias.
“Se você pudesse olhar nos seus próprios olhos, da criança que você foi com seus três ou quatro anos de idade, e dizer algo para si mesma, o que você diria?”
Essa foi a pergunta mobilizadora do trabalho de contação de histórias “Contos para a criança que fui”. A provocação nos levou a perceber que a infância é lugar de profundidade e não de superfície. Assim, temas como a morte, a invisibilidade da criança e as privações da vida adulta foram tratados de forma poética e divertida pelos três contos que compõem este trabalho: “Liquidificador”, “A Menina Invisível” e “Chuva”.
A ele, desdobram-se a oficina de desmontagem, voltada para crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental e a palestra “Arte, Pedagogia e Infâncias - Ideias e Ideais”, voltada para professoras e pessoas interessadas e ministrada por Brenda Campos de Oliveira Freire.